“Insatiable” (que marcou o retorno de Marylin à pornografia,
depois de um “filme sério”) começa bem, muito bem.
Enquanto Marilyn se masturba, numa sequência bem cuidada, com iluminação azulada e uma câmera que parece deslizar pelo corpo da gata, sua imaginação mostra relances do que ela ainda vai fazer no filme. A canção que acompanha a cena é legal – cantada pela própria Marilyn. Sem falar que a edição de som ainda inclui alguns gemidinhos dela, que são altamente excitantes.
Enquanto Marilyn se masturba, numa sequência bem cuidada, com iluminação azulada e uma câmera que parece deslizar pelo corpo da gata, sua imaginação mostra relances do que ela ainda vai fazer no filme. A canção que acompanha a cena é legal – cantada pela própria Marilyn. Sem falar que a edição de som ainda inclui alguns gemidinhos dela, que são altamente excitantes.
Ao amanhecer, Marilyn acorda, busca seu robe no armário, vê
uma caixa de sabão em pó auto-referêncial (Marilyn, antes da pornografia,
estampou a foto da tal embalagem, posando de mãezona do bebê que hoje já deve
ser mais velho do que eu) e desce para receber sua empresária. Por herdar a
fortuna dos pais, ela é rica, bonita e gostosa – e trabalha ainda como modelo e
atriz... Mas se sente incompleta Pra
confundir, intercalam-se cenas dela em Londres com sua tia, revelando que as
cenas na mansão são passado, ainda que o passado do passado apareça também
quando ela relembra sua primeira transa. Mas não precisa ficar confuso, que a
história não é lá essas coisas e as sequências em Londres são pura encheção de
linguiça.
Pra começar bem o dia, Marilyn recebe a visita de Serena,
que é atriz – acho que ambas vão trabalhar juntas num filme ou coisa assim. O
que importa mesmo é a pegação das duas na jacuzzi externa. Cena quente, bem
iluminada, boa mesmo. Reza a lenda que o punho da Serena avançava Marilyn
adentro, mas na versão que eu vi esta “ousadia” foi cortada... (alías, a
maioria das cenas de fisting, “esportes aquáticos” e outras ousadias menos
convencionais foi praticamente limada dos filmes antigos em seus relançamentos
em DVD, e às vezes antes disso, já na era VHS.)
Depois, Marilyn sai passear com a sua Ferrari, dá carona
para um pobre coitado que ficou sem gasolina e aproveita para fazer um boquete
no rapaz, numa ruela deserta. Cena delirante, com um facial clássico.
Clássica também é a cena em que Marilyn relembra
sua juventude, quando levou uma tacada bem dada sobre uma mesa de bilhar.
Depois, à noite, é a vez de sua empresária, Jesie St. James,
receber a jeba de John Leslie ao ar livre. Tirando a escuridão de alguns takes,
a sequência é ótima, até porque Jesie tem aquele jeitinho de que gosta mesmo da
coisa, sem abrir mão de uma certa meiguice.
Enquanto isso, Marilyn se masturba no quarto e se imagina
num quadrilátero com Jesie e mais dois garanhões. Claro que ela é o centro das
atenções. O cenário, escuro e simples, lembra “Behind The Green Door”. Depois é
a vez dela tentar se saciar com John Holmes, mas nem os 33 centímetros dele,
entrando por trás, parecem suficientes para Marilyn que, ao final, pede mais.
Mas isso ficaria para o segundo filme da série...
De qualquer forma, a tão esperada volta de Marilyn à putaria
é legal. Não é sensacional, mas dá pro gasto.
Insatiable (1980)
Direção: Godfrey Daniels (aka Stu Segall)
Elenco:
Marilyn Chambers, Jesie St. James, Serena, John Holmes
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