Pior do que um filme todo ruim é um filme assim, que começa
bem e descamba pra ruindade...
Como um típico exemplar do início dos anos 70, o estilão do
filme é mais seco, curto e grosso, com muitas mulheres peludas, lingeries
ausentes e trepadas desengonçadas...
O começo é decente. Primeiramente, a estudante Cindy é
dopada pelo diretor da escola para então ser violentada. Pressionada pelo
sacana, que a ameaça, ela ainda se descobre grávida.
Uma amiga safada sugere que Cindy então diga que o filho é
de seu namorado. Após uma trepada interessante, numa loja de motos, em cima de
uma ligada e tudo (!), o namorado diz não acreditar que o filho é dele. E dá um
pé na bunda da garota.
Para ambos, Cindy jura vingança. Ao chegar em casa, pensando
que seu pai é o único homem decente na face da Terra, descobre que ele está
comendo a sua melhor amiga – aliás, essa transa é a pior do filme, com dois
desengonçados que não sabem onde pôr as mãos, as pernas e o resto; sem falar
que a garota tem um dos pares de seios mais sem-graça que eu já vi.
Com uma cena de sexo tão broxante, o filme revela não saber
mais para onde ir. Cindy, não mais grávida (não sabemos o motivo), vai pra
cidade grande, dividir apartamento com Andrea True e Darby Lloyd Rains. A
primeira revela que elas fazem parte de um culto demoníaco que venera um tal
Kampala. A iniciação de Cindy no culto, obviamente, se dá com sexo. Mas um sexo
sem muita graça.
Em seguida, em casa, e desconfiando que o tal Kampala não é
capeta coisa nenhuma, mas apenas um espertalhão que quer comer as seguidoras do
coisa-ruim, Cindy só pensa em se vingar. Para acalmar os ânimos, André e Darby
decidem cair de boca na pobre garota. O trio então perpetra uma das menos
excitantes sequências lésbicas de toda história pornô.
Por fim, Andrea True decide ajudar sua protegida a
desmascarar Kampala, desafiando o cara para uma trepada, provocando para que
ele, em nenhum momento, chupe os peitos da meiga Cindy – que foram espertamente
untados com estricnina. Enquanto isso, a galera do culto manda ver em cenas de
sexo imprecisas, tanto que é preciso muita boa vontade para reconhecer Georgina
Spelvin e Tina Russell ali no meio. Desperdício de boas atrizes. A própria
Andrea True surge apagada.
Como Kampala não se contém, lambendo os peitos envenenados
de Cindy, logo em seguida ele morre estrebuchado. Cindy então liga para o pai
dela, convidando-o, e também seu ex-namorado e o antigo diretor da escola, para
uma festa na cidade. Fim.
Ou seja, a grande “vingança” da garota não se concretiza. E
o filme fica por isso mesmo. Um verdadeiro desperdício de boas ideias, que
poderiam usar um espírito demoníaco de verdade possuindo a garota e fazendo com
que ela se vingasse usando o sexo para isso. Seria interessante – um mix de
suspense, vingança, terror e pornografia. Mas a rasteirice da história deixa
tudo na mesmice de sempre. Se ousassem (além do sexo, claro), talvez tivéssemos
um clássico nas mãos...
The Devil’s Due (1973)
Direção: Ernest Dana
Elenco: Cindy West, Andrea True, Darby Lloyd Rains. Georgina
Spelvin, Tina Russell
Nenhum comentário:
Postar um comentário