Este filme é estranho. É um pornô, mas foge dos clichês pornográficos.
Ele ousa ter história. Ousa não ser sexy. Ousa investir nas atuações e no clima onírico, às vezes suave, às vezes pesado. E diabólico. Como num pesadelo.
Para se ter uma ideia, tudo começa com um suicídio. Sem concessões. E assim a história segue até uma área indefinida, entre o céu e o inferno, onde a suicida Justine Jones se encontra com um misterioso funcionário público do além, que não sabe muito bem o que fazer com a casta mulher que, mesmo assim, cometeu o pecado final do suicídio. Ela ganha então um tempo extra para descobrir os prazeres da carne, que em vida nunca experimentou. E é aí que entra o sexo. Primeiro com Harry Reems, que interpreta o professor sexual de Georgina Spelvin. Com ele, Justine aprende a arte do boquete, do rala-e-rola convencional e do sexo anal.
Ele ousa ter história. Ousa não ser sexy. Ousa investir nas atuações e no clima onírico, às vezes suave, às vezes pesado. E diabólico. Como num pesadelo.
Para se ter uma ideia, tudo começa com um suicídio. Sem concessões. E assim a história segue até uma área indefinida, entre o céu e o inferno, onde a suicida Justine Jones se encontra com um misterioso funcionário público do além, que não sabe muito bem o que fazer com a casta mulher que, mesmo assim, cometeu o pecado final do suicídio. Ela ganha então um tempo extra para descobrir os prazeres da carne, que em vida nunca experimentou. E é aí que entra o sexo. Primeiro com Harry Reems, que interpreta o professor sexual de Georgina Spelvin. Com ele, Justine aprende a arte do boquete, do rala-e-rola convencional e do sexo anal.
Um corte abrupto e, em seguida, a vemos numa cena de lesbianismo oleoso. Uma sequência ao mesmo tempo sensual e distante.
Uma banheira velha e suja é o próximo cenário, onde Justine descobre como ter prazer sozinha, usando para tanto uma mangueirinha com água. A trilha esquisita, o silêncio e o som do vento causam uma estranheza autêntica.
É quanto o recorte da cena com Harry Reems parece se emendar novamente, como se o salto reforçasse o loop. E aí Georgina vai até o fim, provando o sêmen de seu professor.
A próxima cena solitária inclui frutas, principalmente uma banana e, ao final,... uma cobra. E mais uma vez Damiano consegue deixar tudo isso estranhamente sensual.
Mais um diálogo infrutífero com o enigmático Mr. Abaca, numa externa onírica, e Justine volta a boquetear, desta vez em conjunto com outra morena gulosa, repartindo a porra com prazer.
A cena final, que entra sem aviso e sem preliminares, revela que Justine aprendeu a se deleitar com o sexo em todas as suas formas, experimentando por fim uma dupla penetração.
Georgina surpreende porque, longe da beleza e da gostosura, pode atuar como uma pessoa de verdade descobrindo o sexo. Sua transição é convincente. Ela realmente parece gostar de tudo que passa a experimentar, lamentando ter de abrir mão para seguir rumo ao inferno. E o inferno, apresentado no final aberto do filme, evoca Sartre (!) e mostra que, para ela, o pior fim é se ver privada do que recém-descobriu. Um filme estranho. E obrigatório.
Direção: Gerard Damiano
Elenco: Georgina Spelvin, Harry Reems, Erica Havens
Um comentário:
Cara!!! Eu vi este filmes e outros clássicos phornô. DuCaralho!!!
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