Um filme típico da virada de década. Dos 70 para os 80, os pornôs se aperfeiçoaram e, antes da chegada do vídeo, surgiram bons exemplares da boa pornografia em película, com fotografia bem cuidada, iluminação decente, ângulos inusitados e edição coerente.
Neste filme, ambientado em Hollywood, a historia gira em torno
de Jamie Gillis, que interpreta um ator (!) em decadência, que trabalha mais como escort de atrizes famosas do que atuando de verdade.
Na primeira cena de sexo, ele usa o que ainda tem de moral para detonar duas loiras fãzocas dele. A cena de sexo é bem cuidada e bem iluminada. E temos Nancy Suiter, que é sempre linda e vale sempre a pena. A outra, Stacy Evans, também desempenha bem, inclusive gozando de forma convincente. Estranho mesmo foi só a ejaculada telefônica ao final.
Na segunda cena, durante uma festa chique, Jamie pega Desiree Cousteau. Ele pode ser um ator decadente, mas pega as melhores gatas... Esta cena começa meio escura, mas o pessoal consegue consertar. E sem nem parar de filmar! Sem falar que, com a Desiree, não existe cena ruim. Que o diga a Georgina Spelvin, que assistiu a tudo. Só faltou um facial legal pro momento ficar perfeito.
Precisando de grana, Gillis recebe uma oferta tentadora do ricaço que deu a tal festa: seduzir sua irmã e mais as 4 filhas do seu irmão moribundo. E filmar tudo. Assim, o irmão, defensor da moral e dos bons costumes, veria que as mulheres de sua família são totalmente depravadas, e beneficiaria assim o irmão fdp.
Na primeira tentativa, Jamie já leva uma invertida, sendo preso e dominado. Pelo menos até o meio da trepada, quando ele assume o controle e mostra pra Serena quem é que manda de verdade.
Na sequência, é o produtor dos filmes amadores que acaba pegando a filha seguinte, Lauren Dominique, pois é o único com o pique esportista da mesma. Depois de algumas cenas com intenção cômica, a foda rola numa rede e numa escada, o que me pareceu um tanto quanto desconfortável, mas não menos excitante.
Em seguida é a vez da irmã do ricaço, Georgina Spelvin em pessoa. E convenhamos que com ela qualquer pré-foda ganha em interpretação e nuances impensadas. Pena que a foda em si seja a mais meia-boca do filme, não fazendo jus a grande dama do pornô.
Então, é a vez do “diretor” Paul Thomas seduzir uma das filhas do ricaço. E olha que foi fácil. Bastou levá-la para um estúdio cheio de espelhos (?). O estilo pin-up-Betty-Page de Leslie Bovee e a lingeries da garota valorizaram ainda mais a foda, que só achei um pouco acelerada.
Por fim, chega a vez de Serena, a irmã gêmea daquela outra Serena sadomasoquista. E é aí que o filme envereda pelo romance, como vários outros pornôs fazem, tentando deixar a última trepada mais amorosa e melosa, com trilha doce, gestos lentos e nenhum clímax. Totalmente broxante.
Por sorte o final (sim, a história tem um fim) é bem engendrado, com uma virada inesperada já esperada.
O saldo é extremamente positivo. De lamentável mesmo, só fato de que não tivemos nenhum facial. E isso faz uma certa falta. Mas com bom elenco, cenários decentes e belas cenas, a produção se revela acima da média.
Direção: Gary Graver
Elenco: Serena, Georgina Spelvin, Leslie Bovee, Desiree Costeau, Laurien Dominique, Nancy Suiter, Stacy Evans, Jamie Gillis, John Leslie, Paul Thomas
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